quarta-feira, 22 de setembro de 2010

03.03.10- Estava perdido por la.

Quisera eu ter a capacidade de fazer com que o minha cabeça pare de mudar a visível dimensão das coisas. Hoje tive um dia exaustivo, não tanto cansativo e deprimente, mas um dia real. Na verdade eu queria sanar cada baque de realidade que confrontava com esse meu mero e doce aspecto de independência afetiva. De cada estrada eu faço mapas, de cada migalha eu tiro proveito. Nessas horas está sendo difícil encarar essa vulnerabilidade, essa incompatibilidade. E é por isso que eu desejava que tudo acabasse junto com a minha lata de refrigerante na hora do almoço. É por reconhecer que não posso tanto que só afirmo 'que não posso tanto'. Os dias passam lentos e a minha vida se resume a quatro paredes e um monte de papéis; gosto tanto desses papéis! Todos os dias esqueço-me da minha pessoa. Agora, eu tô em casa sem sono; tenho um livro novo pra ler e uma falta de estímulo do tamanho de um fusca[amarelo]. No meu lixeiro tem apenas uma sacola branca; no meu coração não tem nada; na minha cabeça existem muitas idéias não realizáveis, parece até um mundo virtual. Eu só queria que as coisas permanecessem como estão, por hora, eu me sinto bem. Vez por outra tento perder a mania de pensar em quem não devo, isso por volta de meia noite, o que é inútil, até por que o sol nasce em um piscar de olhos. É isso, tenho vida, um pouco de solidão, vontade de quebrar regras, gosto de azul, sinto raiva de meia dúzia de pessoas, ainda quero ficar tonta depois de beber vinho quente com os meninos da faculdade. No mais, não estou indo embora, baby, vou aproveitar essas horas, simplesmente pelo fato e pela certeza delas serem minhas.

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