segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Todas as vezes que eu não estiver.

Era mais um dia normal de um verão um pouco chuvoso.
O cara que me levaria ao “suposto trabalho” se atrasou e eu ainda tinha que fazer uma ligação de feliz aniversário.

[Tudo estava normal e parecia precisamente andar bem! Eu ficava distante das coisas poucas de demasiadas repercussões]

Entrar naquela sala com sotaque e discurso destemido, falando alto como se tudo fosse como antes foi engraçado. Pra mim aquilo já havia se tornado "como antes". Eu ficava bem naquela sala como se ela fosse super minha, então, eu possuía a poltrona, a janela, aquela papelada desagradável, contudo, envolvente, enfim, eu não era dona de nada aquilo.

Cara, ver que aquele não era mais o melhor lugar foi tão desbravador. Nossa! Eu nem parecia gente entrando ali e fazendo um cumprimento normal de "bom dia" [tão surpreso quanto eu]. "O que você está fazendo aqui, moça?!"...quase que eu mandava essa resposta de volta .

Me deu nos nervos ver aquilo, aquela invasão. Minha?! hahahahahaha.
Sou mesmo ridícula a esse ponto. Eu queria ir embora dali. Aquele cara sem gravata e de cabelo bagunçado que tanto afetou o meu afeto não poderia estar ali. Eu não podia fazer nada naqueles minutos insuportáveis. Que situaçãozinha chata. Mas não por ser ele. Isso não mexia mais nos meus nervos e tornar essas coisas insignificantes está se tornando hábito.

Sinceramente, o meu desejo não foi incomodar nem nada. Nem desejo havia mais.
O tempo exige tempo pra mostrar que nada é intocável e que cada conquista deve ser nova. As minhas neuroses talvez não o agradasse. A amargura dele cristalizava o meu doce excesso em tudo. Nada tem lógica na vida daquele rapaz. O problema é que ele faz isso ser relevante. É um saco!

Acredito que ter o poder de tirá-lo da minha frente não teria sido usado, caso eu o tivesse.
As coisas teriam se repetido se houvesse outra oportunidade, e mais uma vez eu teria dito: Lúcio, manda um carro vir me pegar, obrigada., seguir é sempre um meio de não ficar na estrada feito uma boba chorando com uma fotografia na mão Baby, a fotografia e as lembranças com certeza eu as guardo, e delas, eu terei uma vasta coleção.

Nenhum comentário: