segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pessoa em confissões desmerecidas


Ela repete desmedidamente à doutrina que não segue, as manias que não compulsam, a fé que desacredita e prostitui as suas convicções. E o que seria tudo isso além de uma máxima mais que popular? Isso é a parte humana que habita Nela todos os dias por volta das seis da manhã.
Ela passa o seu tempo fazendo análise das mazelas humanas e deixando que a sua parte ainda sadia se corrompa com o ácido cítrico que tudo isso produz.
E de dia ela é ácida, sem sol Ela é fel, sem paz ela é doce, com a lua é insana, com os versos Ela é criança e brinca, tanto e com erros, assim, [também]Ela faz os seus dias sem Ele que é feito de nuvem.
O pecado todos os dias deixa de morar ao lado e se muda para a porta da frente e nunca há o barulho esquisito da sua voz. Ela vive com as suas verdadeiras palavras escondida no sangue. Ela se derrama de paixão e nunca fala nada porque Ele tem a chave do seu peito que lhe daria passagem para o inferno mais próximo do amor.
As palavras se fazem, outra vez, um inferno e a última paz. A palavra é uma bala revestida de carmim e explode no peito, só no peito.
Ela não sabe pra onde olhar por que Ele é invisível, Ele não pode existir nas manifestações de fé, nem de dor, nem de prazer, e o silêncio sobrevém a tudo.

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