Vez por outra travamos um duelo invisível baseado em ressentimentos passados. Escrever é um modo de estudar tais coisas, de ser um pouco mais perspicaz.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Menino e menina
Pode-se dizer que essa tua reaparição além de agradável foi súbita e sarcástica.
Coisa boa.
No meio de um turbilhão de maus pensamentos e expectativas de vingança, de uma revida da vida, sabe?
É. Ele aparece e diz que a noite é mais propícia pra visitas.
Então eu te procuro no lugar mais indecoroso do bairro e te vejo com um sorriso tão perfeito.
Você veio ao meu encontro de um modo tão sutil, e a melhor coisa são as promessas que os seus olhos e que a sua boca não me fazem. Sabemos quais as janelas que podemos abrir.
O engraçado é que nossos ex são ex entre eles também e isso é quase um vínculo familiar.
Coisas como procurar uma casa pra você “quase” morar, ir te ver só pra ver mesmo são coisas boas e pouco provocativas, é só aquele negócio que dizem: um esforço pra estar, só para estar e super estar!
Uma coisa que não sei é se em você sobra alguma coisa para mim, já uma coisa que sei é que levará um tempo, se houver tempo, pra que você tenha alguma coisa de mim além do meu telefone e o meu nome completo.
Estou fazendo o seguinte com os meus afetos, nos momentos de presença a infinitude se implanta e isso é tudo.
Amanhã, é um advérbio que não passa do dia seguinte e não quero colocar ninguém nele, isso requer muita responsabilidade e eu não quero tê-la.
Isso não importa tanto até porque não passa de uma estratégia de sobrevivência pacífica em meio às precárias relações de amor.
O bom disso tudo é passar lá e você sorrir.
Engraçado é te falar dos meus desastrosos envolvimentos de trabalho e tu ouvir como se fosse a coisa mais interessante do mundo.
Eu nunca decoro o que quero te dizer e digo cada coisa louca, e você gostar disso me faz gostar de você.
Hoje o dia amanheceu cantando por que vou te ouvir, e quem sabe até te ver.
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