quarta-feira, 4 de maio de 2011

Agora sim.



Daqui há duas horas eu vou poder estar no lugar que a gente vai ver as coisas mais verdes serem mais felizes. Vou ver a água correndo e o sol bater nos seus ombros e refletir vários ângulos. Pode ser que seja hoje que os momentos resolvam se desviar de não acontecerem e com você eu possa pintar a borboleta de azas quadradas na parede em que se apresentar. São nessas horas que o meu espírito se apronta para respirar teus ares tão outros. Hoje é o dia de diluir na paz tudo o que passou na forma de dor, de coisas que ferem o peito. Que seja amanha também o dia pra olhar para o céu e ver que em meio a tantas estrelas a gente escolhe olhar pra uma...nem sempre a maior ou a mais luminosa, mas a do brilho singular que parece ser configurada às nossas carências mazeladas pra preencher tudo o que falta. É nesse lugar que as nossas almas se acalmam e até o som dos grãos de areia em movimento me fazem música. O teu peito me faz um carnaval; o teu sussurrar são como os ventos do mês de maio. Depois de tudo isso a gente dorme e é feliz enquanto permanecemos. As coisas passam tremendo na minha vontade de ficar. Passar é fato. Amanhã é um advérbio que não passa de um dia seguinte, e hoje o frio resolve me lembrar você. Dentro de nós, podemos mudar pouquíssimas coisas, ao nosso respeito também. Nós somos do tipo de bicho dos quais podemos mudar algumas situações, mas nem todas. Podemos, muitas vezes, trocar de emprego, de roupa, de cara, trocar de cidade e até de nome. Trocar de amigos, de namorado, trocar de carro. Podemos escolher cores, escolher filmes, até o dia de morrer podemos escolher. E sabe o que nos sobra a não poder e escolher? Mudar de amor, não escolhemos o tormento da nossa vida. Dizer-te isso não implica que eu ame você, acho que não amo, isso implica que hoje, a quantidade de folhas que tem espalhadas sobre a grama, é a mesma quantidade dos dias que eu acordava achando que te amava. Isso esbarrou demais em você e acho que o seu poder não me impede de lembrar-se disso. Lembrar pode ser bom. Quis só registrar essa peripécia. Em dias como hoje eu acho uma merda estar sob o mesmo céu que você, principalmente quando o raio fica menor que 39 km. Paradoxo?! Não é não. Isso não é muita coisa, já foi, mas não é tanto.

2 comentários:

Unknown disse...

pegajoso demais, não acha?

Rosana Braz disse...

Acho, mas idaí?