Vez por outra travamos um duelo invisível baseado em ressentimentos passados. Escrever é um modo de estudar tais coisas, de ser um pouco mais perspicaz.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Auto assertiva?
Depois que você for embora?
Nada vai ser normal. Ele também vai embora.
“Quem vai embora?”
O meu comportamento assertivo.
“Não vai. Você é determinada, inteligente e segura, é assim. Eu não tenho participação nisso. A gente se ajuda.”
Não, a gente se completa...
“ Você critica as minhas músicas, os meus gostos, a minha literatura fútil; como te completo assim? Eu preciso de você durante e no fim do dia. Mas somos duas pessoas e por mais que eu seja adulto é complicado discernir e aceitar isso. Só é difícil pra você? Em moça?”
Costumo amar o que não tenho; Eu não me importo com os seus bregas nem com o seu gosto americanizado pras coisas. Mas pra você tudo é mais simples, mais fácil. Não vejo entrega da sua parte.
“E o que você não tem que há em mim?”
Não sei, me falta inspiração pra tanta coisa. Quem vai ler, reclamar, corrigir a minha vida?
Eu não queria que você fosse embora. É isso!Posso ficar sem explicar essa parte.
“Sinceramente, você se mostra bem mais forte e segura do que na verdade é. “
Nesse aspecto eu sempre finjo e ninguém nota a diferença.
Todas as vezes que eu te liguei chorando, pra jantar comigo, pra me ouvir, simplesmente ouvir, você me curava, só estando comigo. Agora me diga como eu vou saber o que há em você que me cura.
[silêncio]
Está certo ir embora. Eu também vou à hora certa.
Só que teremos que ir embora por completo da vida um do outro. Você me entende?
“Não. Eu vou estar sempre por perto e não vai mudar muita coisa. São alguns quilômetros e outras salas, só isso.”
Você vai embora de vez. Isso dói demais pra acontecer várias vezes.
“Para de drama.”
[o telefone toca e esse assunto acaba em silêncio na porta da faculdade]
"Boa aula, até amanhã!"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário