quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Todas as quatro (16:00).

"Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira."

Pode ser, trocar de roupa pode ser a melhor das saídas.
Saber o que você quer na vida é algo muito importante, mas também dá pra viver sem saber numa boa.
Numa dessas tardes eu percebi que passei tempos procurando pessoas que fizesse das minhas tardes nostálgicas um pouco mais animadas, mais felizes. Todos os dias, por volta das 16:00h, sou acometida de uma tristeza interna e súbita. Por mais que eu adore o crepúsculo, essa história de o que não volta mais, pra mim, é algo horrível, o que supera a minha admiração pelo pôr do sol.
Pois é, então eu encontro pessoas e acabo sofrendo quando me vejo sem elas. E tudo isso pelo fato de não tê-las mais, de se apegar à rotina (coisa desgraçada e impregnante), de criar hábitos, de ser fresca e fraca mesmo. Mas andas nas ruas de Brejo Santo a pé e sem um fone enfiado no ouvido me fez perceber o quanto é sem noção sofrer por pessoas que não melhoram as minhas tardes. Isso foi fácil então, porque eu consegui melhorar aqueles dias saindo pra rua, ligando pra pessoas loucas que validam as minhas loucuras. Tudo isso foi ótimo. Hoje o dia acordou lindo, por mais que estivesse chovendo, adorei ter café na cama, adorei acordar as pessoas inventando um motivo para acordá-las. Nunca pensei que fosse tão bom não ter ninguém pra pensar, todos os dias, por volta das quatro!

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