sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Constelações.


Os ventos ocidentais frequentemente duram muito tempo

E quando eles se acalmam, nada é mais o mesmo

Abrigado sob a árvore de Kamani

Esperando a chuva passar, passou

As nuvens continuam se movendo para descobrir o mar

Estrelas acima de nós perseguem o dia, as nossas horas

Para encontrar as histórias que às vezes precisamos

E sermos apenas um só na nossa breve imensidão

Escute perto o bastante e tudo o mais se desvanece

Desaparece

E era apenas outra noite

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sobre amar.




Pode ser irônico, sacal, seco, amargo ou qualquer coisa do tipo o que vou dizer aqui, mas amar é uma tremenda sacanagem com quem não opta por esse suplício.

Optar, escolher?! O que seria isso nesse mundo onde habita esse fragilizador de planos que é o amor.

De nada adianta se fazer forte, construir alicerces e planos, levantar toda uma fortaleza para esbarrar em ruínas, somos fracos a tal ponto que um cara passa do seu lado, te dá um sorriso e está tudo acabado. A sua vida não te pertence mais.

Os livros se tornam inúteis, os filmes repetitivos.

O francês, latim, inglês britânico, o espanhol? E as teorias?! Pra quê servem diante do poder corrosivo que detém o amor?

O amor te faz boba, fácil, tolerante.

O amor transforma o simples fato de o cara chegar, te beijar, em uma temporada em Passargada. O resto do mundo perece, acaba.

Eu não gosto do amor, dessa idéia de perder o controle da sua vida.

É isso e nada se pode fazer a não ser comprar analgésicos e opióides para curar qualquer coisa que cria, que dói. Porque dói, ninguém tem dúvidas.

As músicas passam a ser serenatas, as paisagens na estrada viram poemas.

A sua vida passa a ser a vida de outra pessoa.