domingo, 31 de julho de 2011

Aprendi a chorar




Foi, talvez, naquele sábado que eu me dei conta do quanto tudo é frágil, família, paz, sentimento, convicções... É muito duro sentir-se só, e não só sentir-se, mas estar, de fato, sozinha.

Amadurecer ainda é uma das coisas mais intrigantes dessa trajetória carnal. As vidas que são ditas “normais” podem ser padrões, mas não são obrigações taxativas e entender isso é o que identifico como amadurecimento.

Há dias em que tudo está cinza e você não vê saída alguma a não ser fechar os olhos.
Há dias em que as lágrimas são necessárias para poder imaginar um sabor meio que distante de vinho seco, o mais amargo possível, e isso é ameno comparado ao aperto ofegante do peito sem razão.

Pensar na vida é implorar o desespero.

“O que é o homem diante das rochas?”

Sinceramente eu não sei por que escrevo. Essas são mazelas que deveriam ser intrínsecas; uma espécie de cólera do jogo dos impasses de viver. E hoje as lágrimas que escorreram nesse meu rosto cru e nu, foram reais demais para o meu porte virtual. Fazer o quê? Contar com quem?

Uma hora há de despertar uma saída azul pra tudo isso, em um céu qualquer.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

De longe:


Talvez eu precisasse ir um pouco mais longe, sair um pouco de perto.
É isso mesmo. Foi uma espécie de compaixão. Sair do jogo para entender o jogo, às vezes, é a melhor solução.

"E o que é tudo isso diante da pólvora?"
"Uma paixão que se renova"

Olha, olhar o mar de dia e ouvir uma música tosca à noite renova a alma.
É como preparar um bolo com uma receita nova, e no final, perceber que ficou melhor que o outro[fazendo uso de trocadilhos].
Hoje eu troquei os sapatos pretos por chinelos brancos e andei, andei, andei desesperadamente em direção ao moinho da praia. Foi legal, ganhei calos novos e em outros lugares.
Esses cinco dias pareceram mil; esses mil dias pareceram dois de tão rápido que passaram.
Estou com saudades de casa, do meu gato carente, das minhas coisas, de mainha, do telhado do meu quarto, mas estou bem, de corpo e alma bem.
O bom é perceber que o novo ovomaltine do MacDonalds não substitui o do Bob's e não sei porque isso me deixou feliz!
Amanhã eu estou de volta a vida real. Ter vida real é muito bom, acredite!

sábado, 2 de julho de 2011

Ele cuidou de mim.



O melhor contraste se fez nos dias mais torpes e sem noção desse nosso calendário.
E porquê não falar sobre isso, sobre ele?
Acredito haver muita intervenção de Deus no fato de lermos o mesmo livro, no escutar da mesma música.
Eu adoro ele todos os dias.
Nos dias a sós, nos tumultuados, nublados e de sol.
A gente se apega ao cheiro, ao jeito de falar, ao segurar da mão e ao abrir da porta.
E pra quem diz que há branco demais nessa história, na minha cor, na minha vida, não há.
Afirmo que há tanta cor nessa história que é até pecado.
Afirmo, ainda, que tudo isso é muito perfeito, até essa permanência incerta.
Só ficará essa saudade que já se adianta. Essa saudade que não quero nunca esquecer.
Existiu; e da forma mais mágica que se possa imaginar.

Ao nosso contraste, tudo o que há de bom no que há de desigual nesse mundo.