quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Era tudo...

Não dava pra imaginar que o tempo iria passar tão rápido em relação a você.
Eu não me dei conta disso.
Acontece que quando você me liga o meu coração não acelera mais.
A tua voz, mansa, me dá vontade de te dizer que está tudo bem, que eu te perdoo pelas mágoas e outras coisas.
Está tudo bem de verdade!
Não eram os meus livros, as minhas músicas nem os meus vícios que te prenderia a mim.
Foi tudo falta de amor, excesso de afeto, compaixão pelo teu futuro deplorável (que mudou), o que nos afastou tanto.
Você está acordando cedo, você está um pouco mais preocupado com o outro dia.
E eu vejo que continuo sendo aquele teu porto que você só volta para logo após seguir em outra viagem.
Isso não muda mais os meus ânimos. Comodidade? Não. O motivo é que não muda nada mesmo.
Eu não sei se você ainda lê essas coisas, mas se lê, deve ter notado a mudança de protagonista nas minhas tramas. Andei refletindo e distinguindo o bem do mal, o perto do longe, o real do imaginário.
Então os meus problemas passaram a ser mais reais e menos ilusórios.
Depois disso chega a conclusão: eu não te amava, acho que te fiz a minha obsessão.
Eu descobri o amor entre quatro paredes habitadas pelos problemas mais podres e miseráveis do homem.
O amor esbarrou em mim sem que eu me permitisse isso e fosse atrás...
E doeu tanto quando eu perdi esse amor, cessou tudo, as minhas ambições, meus vícios, mudou tudo e se materializou em dor física.
De fato, eu não amava você, acho que agora sei o que é amor, e o que resta a nos sobrar?
Estamos por ver.
Quando a gente se encontrar isso vai existir, então, só assim iremos saber o que fazer com o peso que vai pender em nossas faces...
Tantas mágoas, tantos erros, alguns “para sempre” e outros “nunca mais”. A insignificância que colocávamos nas nossas palavras se rescindiam diante do reencontro.
E a amizade que ficou por um triz?
É justamente por isso tudo que nos daremos a oportunidade de um dia ainda sermos, sensatos quanto aos infortúnios que a vida nos puser e ficar de bem com as escolhas de cada um, sejam elas quais forem.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Smile

Eu escuto 5x smile enquanto tomo banho, mais 3x enquanto me troco...isso não muda nada.
Muitas vezes sou inconveniente rindo do que é sério, sofrendo pelo o que não presta.
Acabei percebendo que são essas neuroses que me fazem ser "pessoa", ao menos eu tenho coragem de sentir, é...de sentir sabe? Nem todo mundo sabe o que é sentir.
Sou cheia de erros e de vícios banais.
Acredito em mudanças súbitas, mas isso é só porque acontece comigo.
Eu pensei que morava longe, mas longe moro é hoje.
Descobri com a vida, com os médicos e com os meus amigos que eu suporto qualquer coisa.
Certa vez passei três dias bebendo pra não lembrar que eu não sou o que alguém queria...
Não adianta... segunda feira chega voando!
Poucas coisas me dão sono, tenho pouca paciência quando as coisas são poucas.
O meu pai me ensinou que gostar de meios termos é a mesma coisa que ser medíocre.
Insistir é voltar a acreditar. Os erros são cíclicos e eles são para todos.
Nem todas as vezes que acordo eu percebo que isso aconteceu, mas sempre que deito eu agradeço à alguém por ter preenchido o meu dia de ocupações, de boas conversas, de vinho quente, ou até de nada mesmo, eu adoro estar à sós comigo, sou uma boa companhia.
Então, escuto smile e durmo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Então 2011.

Avaliar o fim dos 365 dias cíclicos é sempre sacal, nunca muda.
Passou-se mais um natal e coisas nobres a se desejar, inclusive, sentimentos.

Hoje o dia amanheceu cheio de stress e reclamações, coisas típicas que me trazem aqui.
A retomada inicia-se com a decisão de não ser tão severa quanto ao meu próprio sexo, quanto às minhas vontades, quanto au padrão do certo e do errado, nem sei ainda o que vou tentar ser mais, contudo, serei menos severa, isso sim.

Tudo começa com as minhas camisetas novas, com a revista nova que traz uma receita de como viver sem nostalgia [isso é ótimo e reconstrutivo], estou acordando com espírito de inovar a minha rotina.

Há alguns dias tive tempo livre, andei cortando as minhas próprias unhas, pensei no que menos devo fazer e no que realmente estou fazendo. Conclusão: Não é bom pensar tanto.
Então vemos pedir ao novo ano!

Se é pra pedir, ÔÔÔ 2011...eu quero atividades mais individuais, quero poder estar mais comigo nesses dias, quero amor de leve, música fria, vida sadia, sabe? Não quero desespero, nem tanta solidão, eu quero mais dramas, mais vinhos quentes na casa do meu irmão, quero dormir quando tiver sono e não quando estiver bêbada. Esse ano eu quero estudar menos e aprender mais.
Esses pedidos são como se fossem intrínsecos, eles estão aqui pra ter mais força, é o negócio da materialização [resquícios da física quântica da turma ITA]. É só isso, nesse comecinho de dias novos, estar de bem consigo é tudo o que há!