terça-feira, 30 de novembro de 2010

Quando não se pode mais


Confiar?

Então amanhece um dia e você nem imagina alguém que se possa falar, alguém pra mostrar o tamanho do abismo.

Então você pensa: poderia ter sido diferente? Sim. Mais azul? Sim. Mais Simples? Claro.

Em muitos lugares reina a Hipocrisia e a mentira. Em muitas coisas a verdade é tão distante que parece uma perfeita abstração ao mundo real . Tudo bem né?

Então você pensa: Não vale a pena ser de verdade, sentir de verdade, falar a verdade. Não. Tudo isso não é assim. Sofrer, ser repreendida, ser humilhada, ser calada....tudo isso se desfaz diante de uma ideia, diante de uma verdade, diante de um bem coletivo.

Fazer o bem não é calar por um. Fazer o bem é estar na linha da justiça, de uma justiça ética sem tomada do espaço e da dignidade do outro.

Todos os dias acordar e ver o sol da sua janela, pode crer, vale a pena. E não importa o tamanho da sua janela, a DIGNIDADE não se expressa nela. A mania de acreditar nas pessoas é demasiadamente piegas, mas é necessária. Não me resta acreditar no descrédito da humanidade, o que me resta é ter sonhos, a continuidade dos mesmos.

Acredito, ainda mais, nessa força que todos os dias me levanta, nesse desatino que é a busca pela justiça, pelo que é certo e pelo que é bom. Ter paz implica na libertação das garras do egoismo, da inveja e da submissão. É isso mesmo.

Todos os dias eu acredito, acredito, acredito!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Quando é

Tantas imagens sem lógica nos saltam aos olhos

Nossa! Parecia de ferro esse seu "ser"

Longe de tudo aquilo que te dá prazer nós resolvemos

Viver com os passos que não leva ao nosso caminho

Acordar porque o sonho não era são, nem seu

Dormir quando o sol chegar pra não ser preciso apagar a luz[da música]

Levemos pro céu muita coisa que foi, por causa da carne e do osso, possível

Levemos nós.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ao passo.

Na manhã de uma segunda feira você não entende nem sabe nada da vida. Então decide: arriscar.

Não há mais tempo pra procurar nada que faça os gestos passados justificarem uma perspectiva. Lembre que a vida não se explica. Ela só vai acontecendo com cada musica que você descobre. São muitas as músicas que eu faria repertório dessa trajetória sacal que somos submetidos e submetemos.

As coisas passam, e passam mesmo.

Quando o sentimento para de machucar você se depara com as evidências de erros.
Mas não importa, vale a pena. Só não vale lamentar pela flor que você mastigou ao invés de cortejá-la.[vale lembrar que a flor não sou eu, trata-se de um órgão de reprodução das plantas]

Hoje eu peço por nós dois, nessa segunda feira quente eu vejo você
Daí você não toma conta de mim, eu não vou lembrar de você e espero tanto.
Espero porque acredito e confio no meu destino de não estar, amanhã, escorada naquela placa no meio da estrada anunciando que ainda restam alguns quilômetros para o seu encontro com os seus desenganos e excessos.

domingo, 21 de novembro de 2010

Para o meu pequeno, o maior de todos.

Quem vai dizer tchau?

...

A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho.
Guardar lá dentro amor não impede,
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito.
Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Pra que ele possa ser de alguém!


Somos se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais.
Houve o que houve é o que escondem em vão,

Os pensamentos que preferem calar,
Se não, irá nos ferir um não
Mas quem não quer dizer tchau.

Era dele

Hoje eu acordei com vontade de jogar tanta coisa fora, inclusive você e eu não sabia por quê. Mas depois eu vi que foram pelas vezes,as vezes que eu saí com minhas amigas e tinha um cabeludo muito massa tocando no barzinho e isso não me agradava mais.Pelas vezes que eu bebia vinho com os meus amigos e só lembrava da casa do Alex e de o quando isso não existe mais, de o quanto o vinho não me deixa mais tonta.Pelas vezes que eu beijei outras pessoas e morria de raiva por que não era você.Eu queria te jogar fora por todos os conhaques que eu tomei com Marcela pelo simples fato de você não ter me atendido.Mas o que mais me fez te querer jogar fora foram as mudanças em mim,eu não tô me reconhecendo, nem ninguém me reconhece. Já fui mais racional e isso apesar de mais frio é mais estável, mais equilibrado.Eu quero de volta os meus sentimentos mais pobres que eu tinha até meses atrás, eu quero orgulho e soberba de volta na minha vida.Eu não sei se você liga pra essa conta de email, mas escrevo por causa da idéia de que algumas coisas uma vez escritas, elas não se perdem no tempo, elas se perdem no espaço e como espaço é só o que existe na sua vida, isso é por demais conveniente.Você também não sabe o quanto me faz bem, também. Mas isso é uma coisa tão nossa que nem você mesmo deve saber.Pra falar a verdade você seria o meu melhor drama. É como se fosse o meu amor de adolescência que eu nunca corri atrás, e agora tenho que correr.É como se fosse o filho teimoso que eu ainda não tive.É o amor que goste de cachorros que eu pedi na virada do ano de 2007.É você que inspira as minhas conclusões mais racionais.Aprendi o que é conclusão de verdade.Você me deu SMILE, como eu podia te jogar fora?Por todas as vezes eu aprendi que migalhas fazem tanta diferença, a gente nunca sabe que parte do que temos é o que vai sobrar ou faltar.Perdoe-me pelas lamentações mas elas são resultados do caos da alma.Você é muito mais pra mim, muito mesmo e eu não sei por quê, isso é até uma covardia porque é péssimo caminhar no incerto e sei lá, e subitamente se deparar com o vão.Mas eu vou levando a vida concluindo algumas coisas.Ontem eu pedi a mãinha pra ir embora, mas eu não consigo.Talvez no máximo, um outono em Porto Alegre só pra ver outras coisas, pois isso é uma merda, mas eu iria pensar em você, e isso não iria mudar nada além de paisagens e umas dúzias de fotografias preto e branco.

Que tenha boas horas.

( :

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Todas as vezes que eu não estiver.

Era mais um dia normal de um verão um pouco chuvoso.
O cara que me levaria ao “suposto trabalho” se atrasou e eu ainda tinha que fazer uma ligação de feliz aniversário.

[Tudo estava normal e parecia precisamente andar bem! Eu ficava distante das coisas poucas de demasiadas repercussões]

Entrar naquela sala com sotaque e discurso destemido, falando alto como se tudo fosse como antes foi engraçado. Pra mim aquilo já havia se tornado "como antes". Eu ficava bem naquela sala como se ela fosse super minha, então, eu possuía a poltrona, a janela, aquela papelada desagradável, contudo, envolvente, enfim, eu não era dona de nada aquilo.

Cara, ver que aquele não era mais o melhor lugar foi tão desbravador. Nossa! Eu nem parecia gente entrando ali e fazendo um cumprimento normal de "bom dia" [tão surpreso quanto eu]. "O que você está fazendo aqui, moça?!"...quase que eu mandava essa resposta de volta .

Me deu nos nervos ver aquilo, aquela invasão. Minha?! hahahahahaha.
Sou mesmo ridícula a esse ponto. Eu queria ir embora dali. Aquele cara sem gravata e de cabelo bagunçado que tanto afetou o meu afeto não poderia estar ali. Eu não podia fazer nada naqueles minutos insuportáveis. Que situaçãozinha chata. Mas não por ser ele. Isso não mexia mais nos meus nervos e tornar essas coisas insignificantes está se tornando hábito.

Sinceramente, o meu desejo não foi incomodar nem nada. Nem desejo havia mais.
O tempo exige tempo pra mostrar que nada é intocável e que cada conquista deve ser nova. As minhas neuroses talvez não o agradasse. A amargura dele cristalizava o meu doce excesso em tudo. Nada tem lógica na vida daquele rapaz. O problema é que ele faz isso ser relevante. É um saco!

Acredito que ter o poder de tirá-lo da minha frente não teria sido usado, caso eu o tivesse.
As coisas teriam se repetido se houvesse outra oportunidade, e mais uma vez eu teria dito: Lúcio, manda um carro vir me pegar, obrigada., seguir é sempre um meio de não ficar na estrada feito uma boba chorando com uma fotografia na mão Baby, a fotografia e as lembranças com certeza eu as guardo, e delas, eu terei uma vasta coleção.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

2 minutos.

Amiga, todas as vezes que você me chama de cão me faz parecer gente novamente.
Todos os anos eu tenho novas frustrações pra compartilhar com você.
A minha bobice de estar apaixonada, o amor pra mim é uma espécie de farpa e vez por outra ela se infinca em mim.
Você não está aqui pra me ajudar a tirar.
Aqui, eu não tenho a sua casa pra ir chorar.
Aqui, a multidão só aumenta o meu vazio e você não imagina o tamanho da farpa que se infincou no meu peito dessa vez.
Já faz um tempo que eu saio do jeito em que costumávamos fazer nas noites de quarta e de sexta, lindas e cheirando a boneca nova.
Quando a gente tá juntas somos tão forte.
Ontem eu fui tão fraca, eu não sabia esperar a minha fraqueza passar.
Essa minha última farpa foi o maior dos suplícios e lembrar nunca me doeu tanto.
Eu queria tanto estar dividindo com você todo esse martírio.
Nesse lugar eu pareço ser outra pessoa, eu não tenho como exercer aquele meu instinto cruel.
Sabe naquelas noites que a gente dava uma de espírita e ficava comparando as coincidências?
Talvez fosse a nossa força de irmã que me fazia tão forte pra superar essas coisas.
Mas é assim, minha amiga, a vida não para pra nada e vamos estar sempre perdendo e se afastando de coisas boas.
Maldito ciclo!
Eu juro que ainda volto a ser o cão de sempre.
Eu juro que volto.

Sucumbir.

Até esta noite eu pensei incisivamente estar curada do estardalhaço que fiz no meu peito.
Não dá pra negar, não se pode dizer que essas coisas são fáceis.
Lembrar é torturante, ficar revendo esse filme faz tanto mal.
Essa noite eu percebi que eu não tinha porque esconder o meu desejo de não esperar.
Eu posso perfeitamente trocar a ordem do jantar e sobremesa. Eu não pude esperar o amor passar. Só isso!