terça-feira, 28 de julho de 2009

As sombras.

Só existia a certeza da presença das estrelas, e de algumas.
Tão sombrios aqueles becos,escuros e com portões que te levavam à musicas alucinantes.
Havia o medo do perdão, o medo de ir pro inferno.
A consciência da liberdade de estar ali só, sem pai e mãe;
Só com a liberdade de se poder ir e só voltar se quiser e se puder! To sentindo a vontade de sentar na fila do meio da calçada mais larga do mundo;respirar aquele ar prostituído e poluir a minha santidade.Saudades de entrar na música abraçar o André e perder a fixa da sinuca como sempre era acaso.Eu ia correr na ponta da praia achando que estava parada e que o moinho era quem vinha, ao meu encontro.Eram duas realidades, natureza e natural.De um lado tinha jangada,do outro, concretos e granitos.Na realidade eu só esperava o moinho;ainda espero.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Comum.

Com um copo você faz as maiores atrocidade que se supõe.
Ontem eu saí com medo da vontade, dela aparecer e me remoer;
Mas fui e cortei as pontes.
Miseras maneiras que me vêm nessa mente fértil.
Não dá pra ser assim, esse artifício de gotas e multidões.
Não é o pão,nem a luz nem o vermelho,são coisas que não se explicam mesmo.
Mas você me faz tanto mal quanto o meu terceiro amigo imaginário quando criança.
Por causa dele eu quase estragava tudo.Por você eu estraguei.
Nesse momento me veio uma pontada nas costas e uma picada do dedão do pé.
Vou é dormir e ver se sonho com o bebe de Ismaela que vai nascer...
o capitulo de ontem foi lindo, ela completava um ano!

Não é saber.

Veja aqui meu bem, nenhum dos tempos se passaram e nem vão passar;
Você pode achar diferente o meu modo de dizer que amo;
Você pode achar estranho o meu grude em você, mas ninguém me ensinou a amar.
Seria diferente se você me abraçasse, isso mudava alguma coisa em mim.
Mas meu amor, não seria bom à gente se separar?Beijar outras bocas, cortar outras unhas...
Isso parece ser rápido. Isso é rápido!
O tempo é mais imaginário do que o primeiro livro que te dei.
Mas meu bem, não estranhei o meu jeito de te amar porque eu só sei fazer isso;
E se o destino brincar com nossas caras e você chorar por mim:
Não chore por que isso só te deixaria fraco e nunca me faria esquecer o que você tem de ruim. Mas todo mundo tem, mas nem por isso eu amo todo mundo.
Por isso minta e me ligue dizendo que quer fechar as cortinas essa noite.
Ligue-me e faça com três notas o meu coração desmaiar;
Mas não diga nunca nem sempre, meu amor, nada dura tanto!
Nem ódio nem paixão, nada passam de anos, nem dor nem emoção.
Não pergunte quem ama mais você, quem sabe um dia eu te ame como ela te amou.
Quem sabe amanhã eu não acorde com vontade de ver você;ninguém sabe e isso não deixa de ser uma merda!
Eu não quero morrer usando você.Quando for um dia de nada a gente pode sair e comemorar a nossa mazela.
Mas não esqueça que por tempos eu tento te amar da maneira que posso; o problema é fazer com que isso me deixe ao menos em pedaços, não virar pó.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Então o quê será?

De tudo o que já passou por dentro, nada se remete a isso.
São marteladas e mordidas ferozes;
Só me pedem pra ir tão longe,pra esquecer da dor.
A poeira se espalha por tudo, a noite me remete o alívio de mais horas gastas;
De mais tempo passado e possuído.
Não sei falar de mim, só sei do abismo enxergado pelas minhas diretrizes.
Um futuro que eu nem havia pensado,tudo era grudado à você.
Você que nem mesmo me sente nem percebe de mim.
o meu paraíso fica por ali, o mais vazio de si, de alma e cor.
Quando tudo pega fogo, a fumaça impede a beleza do horizonte na estrada.
Tudo queimou, e eu sempre acostumada a sempre ter razão.
Ninguém vê mais as circunstância das palavras aborrecidas
que se esbarram na minha dedicação.
Eu não entendo de boba, não compreendo de tão sonhadora piegas que sou.
Agora que voltei da rua, do show,do vício,da esperança trêmula;
Medeparo com o que é só meu,isso:palavra e a palavra.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Falar..

As palavras saem com uma intensidade incalculável.
A gente diz tanta coisa, premeditações.
Não tem ensaio nem importância, só querem descontar a mágoa, a dor.E fala tanto!
É como o tempo que passa quando se espera o ônibus.
Passou e foi tão desejado.
Mas o tempo que perdemos com mentiras sentimentais.
Sentir e negar, negar e sentir, sentir tanto.
Alimentar o ego com a ilusão de dispensar.
Quando a gente beija a gente não pensa,nem fala.
Tormenta é ficar por baixo quando já se está;
é saber que você tem as cartas pra dar nesse jogo infértil.
Penso como num divã, minha vida, a sua, as vidas.
Tantos mundos e todos eles são assim?
Homens que não sentem as dores dos homens.
A conclusão findeira é que de quem é a culpa?
A culpa de não amar.
Piedade Deus, piedade dos que não amam..eles devem r pro inferno pelos sofrimentos oferecidos.
Toque uma música pra menina que chora.
Mande uma carta pro menino que grita.
Pobres que só amam.Mas arranca de mim esse coração flagelo.
Manda-me uma dose de insensibilidade por que eu não quero mais essas palavras que mentem.
Palavras que não falam que não fazem o meu jantar nem me abraçam no frio.
Manda-me um litro de amargura pra que eu abuse isso de vez, para que crie tolerância.
É nessas preces que Deus tapa as ouça.
Olhe pra onde não dói e vai ver que até lá é sangue.
Segure a minha mãe e veja o quanto é fria, é sem calor.
Arranca a verdade das mentiras que eu falei por que foram tantas
e eu gosto tanto, é tão diferente do que eu falei.
E amo, verdadeiramente e de corpo e alma eu só amo, amo.

Procurando o frio..

Tocava uma coisa e eu não dava muita atenção, de repente a alegria entra, me lembra ,me sorri e sai.
Levou consigo o meu ânimo de esperar alguma coisa acontecer ainda hoje.
Tava tudo tão bom,estável.Os meus planos em Berlim,eu havia decidido me centrar e ir com você pra Berlim.
Mas e agora em?Ainda há um muro em mim?
Voltei e prestei atenção à música tão, tão "afeto em frente ao mar".
Voltei pra si e contratei uma dublê para os meus próximos dias, ela irá fingir direitinho o que eu preciso que seja!
Talvez eu continue ainda tentado gostar de alguma coisa, tento me apaixonar mas tudo é tão efêmero.
Que se dane...super-homem é aquele que supera os deus próprios traumas, que vê a sua fraqueza!
Mas sou tão forte, por que eu não choro mais?Não era pra secar, preferia encher os meus baldes de lágrimas do que de vazio.
Será que o tempo vai fazer sol na minha horta?
Minhas mágoas precisam secar e que exista sinceridade nas dores.
Eu queria amar o amor e ter força pra não se dá de graça.
E ser de verdade, de corpo alma e pedaços.
Então meu amor, use o que ainda restou em mim, use o pouco que me resta

O que não é meu mas sou eu.

Eu nunca fui uma moça bem-comportada,
Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal-resolvido sem soluços...
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo e não estou aqui pra que vocês gostem de mim, mas pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho e seduzir somente o que me acrescenta ...
Tenho uma relação de amor com a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra. A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. ...
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar....
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro de alguma forma, no toque mesmo, na voz ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades...
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos: são eles que me dão a dimensão do que sou..

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Enganos.

O quanto eu queria, só desviava o desejo com um céu noite a fora
Só pensava em esquecer , sem saber que o tempo todo se remetia à lembrar
Nas noites eu bagunçava a minha alma,via todas as caras
De dia você me inebriava com sonhos de sol, de realidade
Me conta dos livros,das massas,das origens e das viagens
Eu não me conformava em não ter e repetia toda baderna
Achava que resolvia, que squecia
Mas você estav o tempo todo alí...
Não sei oq eu pensava disso tudo
Se lamenteva,se me ajudava , se me amava
Eu també estava alí, pobre consequente do que você me dava
Eu me anganava com os sons nas praias, com o uar de lá
Você não me dizia, vocÊ nem mais falava
Mas aquela lua na sacada da tua casa
A tuas mãos nos meus cabelos, o som da morte de original of the spicies
O meu orgulho e a minha indignação
Foram conjuntos, foram os momentos
Se foram, né?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Agora sim.

Daqui há duas horas eu vou poder estar no lugar que a gente vai ver as coisas mais verdes serem mais felizes.Vou ver a água correndo e o sol bater nos seus ombros e refletir vários ângulos.Pode ser que seja hoje que os momentos resolvam se desviar de não acontecerem e com você eu possa pintar a borboleta de azas quadradas na parede em que se apresentar.São nessas horas que o meu espírito se apronta para respirar teus ares tão outros.Hoje é o dia de diluir na paz tudo o que passou na forma de dor, de coisas que ferem o peito.Que seja amanha também o dia pra olhar pro céu e ver que em meio a tantas estrelas a gente escolhe olhar pra uma...nem sempre a maior , ou a mais luminosa, mas a do brilho singular que parece ser configurada as nossas carências mazeladas, pra preencher tudo o que falta.É nesse lugar que as nossas almas se acalmas e até o som dos grãos de areia em movimento me fazem música,o teu peito me faz um carnaval,o teu susurrar, ventos do mês de maio.Depois de tudo isso a gente dorme e é feliz enquanto permanecemos.