domingo, 18 de março de 2012

A demora do outro dia.



Tudo vai ficando velho lá fora, aqui dentro e em toda parte.
Certa vez me orgulhei de concordar com o vídeo do Luis Flavio Gomes: A esperança não combina com o sucesso! Mas dele, pra ser prático na minha vida, eu não arranco nada.

Dia desses vou acabar ganhando um “cuide da sua vida”. Aceitarei igual ao cuide dos seus pareceres”.

Bom, a minha vida não carece de cuidados, não tenho churrascos a ir, nem festas, não tenho palco pra brilhar.

Você sempre pediu que eu tivesse cuidado. E eu nunca entendi. Justo você, que sempre sabia o que fazer, acabou me pedindo pra ser melhor do que você foi. Não dá. Não tem como. Eu não consigo. Talvez também não queira... sabe, eu ainda te sinto bem perto. Tão perto e tão longe, que me confundo toda. Choro e riso. Cena clássica. É como se você estivesse aqui. Como sempre esteve. Onde deveria estar. Eu queria ouvir sua voz. Tenho medo de esquecê-la. Tenho medo da sua ausência. Tenho medo de não saber cuidar de mim e das tuas lembranças.

Isso é o meu pai!

Cuidar de si é algo que está sendo procrastinado pela pessoa [in]competente.

Nota pessoal cuidar de si é algo chato, incomoda pra caráleo. É como se o fato de ler Zaffaronni solucionasse os meus problemas. Grande ilusão!

Correr, dormir, ligar, ir atrás, reclamar, falar, pedir, implorar, brigar, desejar e pedir, no perigo enfrentar, qualquer coisa fugir, procurar, descobrir, decifrar, amarrar, impedir...

O mundo é daqueles que se levantam. Cuidar de si é sair do lugar. Procrastinar a espera apenas isso.

Eu só quero que você se cuide. Que faça um plano bom e o tenha pra você no plano prático.
Não seja como eu. Use a sua vida. Carpe diem.

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