domingo, 31 de julho de 2011

Aprendi a chorar




Foi, talvez, naquele sábado que eu me dei conta do quanto tudo é frágil, família, paz, sentimento, convicções... É muito duro sentir-se só, e não só sentir-se, mas estar, de fato, sozinha.

Amadurecer ainda é uma das coisas mais intrigantes dessa trajetória carnal. As vidas que são ditas “normais” podem ser padrões, mas não são obrigações taxativas e entender isso é o que identifico como amadurecimento.

Há dias em que tudo está cinza e você não vê saída alguma a não ser fechar os olhos.
Há dias em que as lágrimas são necessárias para poder imaginar um sabor meio que distante de vinho seco, o mais amargo possível, e isso é ameno comparado ao aperto ofegante do peito sem razão.

Pensar na vida é implorar o desespero.

“O que é o homem diante das rochas?”

Sinceramente eu não sei por que escrevo. Essas são mazelas que deveriam ser intrínsecas; uma espécie de cólera do jogo dos impasses de viver. E hoje as lágrimas que escorreram nesse meu rosto cru e nu, foram reais demais para o meu porte virtual. Fazer o quê? Contar com quem?

Uma hora há de despertar uma saída azul pra tudo isso, em um céu qualquer.

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