quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Intuição.


No início pareceu tormentoso ver dezembro ir embora tão bem e no findar desses dias tépidos implantar-se uma dúvida nos meus planos - dotada da covardia que costuma acompanhar as dúvidas. E tudo continuou bem não tendo estado em um trampolim de dúvidas; De algo que a fez questionar princípios, rever conceitos, de ser leviana de não agüentar a si e encher-se de álcool por não suportar-se naquele dia, um dos últimos dias.

Ela costuma usar o álcool para afastar-se de se, estar sã, inconsciente porque a ciência às vezes estraga o prazer, a vida. Mas naquelas horas nem o oráculo [criminólogo] a ajudou.

Ela parou para analiticamente poder ver as distorções das coisas que já são moldadas. E lamentou as desintenções que provocava tanta coisa. E ali haviam planos e estratégias tão simples, de fazer algo, apenas algo.

E nessa história entra tanta coisa importante além de uma achismo medíocre e uma crise de auto confiança. Isso passaria nas minhas costas. Implantava-se no doce dezembro tão cheio de travessuras a responsabilidade de opinar, de continuar ou parar.

Por horas a sinceridade dela esteve confusa e não dava espaço para a intuição. Não havia nada de grave até ali, a não ser o que fosse deixar de acontecer. Passou-se então a entender como os sonhos e projetos se desfazem, pelo medo irresponsável do pesadelo alheio, pela despadronização dos modos, dos laços, pelo desuso da intuição na era da nanotectonogia.

Então bebeu-se mais, foi pra longe, perdeu o sono. Reutilizou a intuição; o ver “dar certo” na perspectiva alheia e criar planos é algo muito sério. Ela percebeu isso. Percebeu-se que em meio a tudo isso havia uma ligação sadia e boa. Até hoje isso é unilateral, mas ela prefere acreditar nessa assertiva. Acreditar que algumas quedas fortalecem as vértebras. Que as razões são muitas vezes descabidas e que por medo ou preguiça deixamos de realizar.

E foi por algo tão antigo e abandonado que ela resolve continuar, a intuição.

Ela acredita que desde o início a intuição tem sido a base de tudo, e vai continuar assim, até onde for,em prol de algo que intuitivamente parece bom e importante. E quando tudo acabou e pronto. Ela respeita isso crendo que respeitar o fim das coisas trata-se de uma arte. E tudo vai bastar pelo que foi.

Ela não mudou de planos porque acredita no que via, na áurea da pessoa, acredita no bem e sem maldade insiste nisso sem medo dos contra- argumentos em demasias.

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